A estiagem histórica que atinge São Paulo, e ameaça o abastecimento de água da população, não traria tantos impactos se os rios que cortam o Estado fossem apropriados para uso. Essa é a conclusão da ANA (Agência Nacional de Águas), que atribui à poluição das águas parte do problema de escassez.
De acordo com o presidente da ANA, Vicente Andreu, a quantidade de água é suficiente para abastecer o Estado, mas a qualidade é baixa e impede a captação dos recursos hídricos.
Isso é um processo histórico de mais de 200 anos, mas se os rios de Tamanduateí, Tietê e Pinheiros, da região metropolitana, não estivessem poluídos como estão, sem dúvida nenhuma o problema de disponibilidade de captação nova estaria minimizado. Isso [ausência de novas fontes de captação é função não só da quantidade, mas também da qualidade da água disponível para consumo.
Segundo os dados da ANA, apenas 18% do esgoto produzido no Brasil recebe algum tipo de tratamento. Os números revelam que os mananciais que cortam as grandes cidades estão “extremamente contaminados”.
Segundo Andreu, em média, 70% da água do Brasil é boa. Mas, a agência se preocupa com o lugares onde a água não é tratada. De acordo com o presidente da ANA, as regiões metropolitanas das grandes cidades são as que têm maior índice de poluição.
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